domingo, 13 de dezembro de 2020
vieste
para eles
preferências
japa
comendo no japonês
de onde não sou freguês
a menina ao lado me fez
um belo elogio cortes
mas ela tem seu marido
que louco foi o cupido
jogou um leve estampido
para que ela me desse um sorriso
o destino me prega tal peça
que chato, as vezes me estressa
agora vou embora com pressa
olhando com uma certa inveja
menina ao lado te espero
em um outro lugar, e eu quero
que vejas quem sou, meu amor
melhor que o que ele tem a propor
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Falam
Só
Vivo
O espírito
Limpo
A rua trata
Esmaga
Balada
Ingrata
A barata
Estatelada
Na calçada
Eu imaginava
Não acabava
A estrada
É cheia de espinhos
Bem fininhos
Que te furam
Amargam
E os neurônios não se calam
Falam, falam e falam
sexta-feira, 13 de novembro de 2020
o uso
a companhia que busco
pode estar no lusco-fusco
ou pode ser um intruso
porque eu uso?
isso é um abuso
chega a ser obtuso
ela devia estar em desuso
se não sabe usar vai ficar recluso
destino inconcluso
estou confuso
necessito de repouso
ou entrarei em parafuso
eu te acuso
seu cafuzo
ou dá stop no uso
ou ficará pior que o pinguço
sábado, 24 de outubro de 2020
zero
domingo, 11 de outubro de 2020
Disco
O louco
Tantã
De esperança vã
Espera logo de manhã
Que algo o surpreenda
Não quer nada que esteja a venda
Tenta
Mas não consegue
Se entristece
Com a vida no planeta
E com sua caneta
Escreve poesia em esquema
Que é para a guerra apaziguar
Ele vai tentar
Fazer o ser humano voar
No disco que cruza o ar
domingo, 27 de setembro de 2020
Tosco
na garagem da casa
onde eu estava
na goma do Roma
de lá, saia uma onda
que me levou lá longe
não fiz por onde
mas levaram onde se esconde
no fim do monte
é de Belo Horizonte
que sai a ponte
e quer que eu te conte
o coiote
de saiote
não teve sorte
e no fim da ponte
encontrou a morte
foi tão cedo
eu tenho medo
deixando o nosso enredo
deveras azedo
muleque
irresponsável
miserável
e insuportável
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
Desdém
Só há o limite
Que te intimide
Se deixar sua mente
Descrente
Do infinito a disposição
Ter amor de prontidão
Ajuda a questão
Dos que estão
Distantes por algum motivo
Mortos ou vivos
Enlaçados pelo destino
E assim eu rimo
Ela há de chegar
Na minha cama estar
Vou ter alguém para amar
E do limite desdenhar
sábado, 22 de agosto de 2020
Fã
Posso dá morte falar
Posso titubear
Diante do erro, errar
Sem mesmo me questionar
Se era ali que devia estar
Se era ela que eu devia amar
Aliás quem vai ser meu par
Quando a festa acabar
E quando o after se for
Em quem vou me inspirar para compor
Só tenho a dor
De um não correspondido amor
Que pela manhã
Será uma memória vã
Da minha mente sã
Deixei de ser seu fã
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
tem
eu me sinto como alguém
na fila do trem
fingindo estar bem
por viver o carpe diem
carpe diem
carpe noctem
o que tem
além
do furado vintém
que se mantem
no bolso, porem
ainda é um item
item
item
item
aí tem
sexta-feira, 31 de julho de 2020
Morena
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Carlinha
Foi na minha primeira prosa
Que com ela tive
Não me contive
Como imaginar
Que para vida toda ia levar
Essa guria tão meiga
De política sou uma pessoa leiga
Já ela faz revolução
Luta pelos que estão
Numa difícil situação
Que bela questão
Espero revê-la em breve
Meu sangue ferve
De pensar
Que mora longe do meu lar
Mas também no meu coração
E eu estou de prontidão
Para encontrá-la um dia
Para que cesse minha agonia
segunda-feira, 15 de junho de 2020
Par
A menina descansa
Em sua cama cheirosa
Está enjoada de prosa
O palhaço está de mal
Tá se achando o tal
Fugiu do bacanal
Esqueceu sua roupa no varal
Perdeu o melhor da festa
Levou um tapa na testa
Hoje é festa na floresta
Não há tempo para a siesta
Fiquemos a esperar
Não há mais nada a falar
Estou a escutar
A menina que vai ser meu par
Ilusão
Por onde tem andado
Você tem estado
Aliviado
Pelo mal cortado
Alegria tem reinado
É bom deixar de lado
Aquilo que te tem acorrentado
No coração está armazenado
Tudo que tem precisado
E um afago
Mostra o aliado
Que é seu próprio ser
Que está aí para se entender
Rezar, amar e comer
E da ilusão se esquecer
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Sete vidas
É tentar encher a pança
E ser ferido pelo que come
O gato pela boca morre
Por alguém
Que ele achava que lhe queria bem
Errou na dose
Morreu de de intolerância a lactose
Foi descuido
E eu não me iludo
Com alguém que te menospreza
Que não dá valor a tua reza
No buraco desce seu caixão
Jogam flores, se despedem na última oração
Mas não sabem que ele tem sete vidas
Voltará para seu espírito dar uma desenvolvida
sexta-feira, 10 de abril de 2020
Gisele
Em um pequeno verso
Fiquei um pouco disperso
No mar submerso
No inconsciente mergulhei
Por um instante parei
Não exitei
Contigo sempre estarei
Gisele amiga
Tu é querida
Vou levá-la em minha vida
Para tê-la refletida
No espelho do todo
E o povo
Todo verá
No futuro irei te encontrar
Livre
No alçapão
Daquela que veio em vão
Me guardou no porão
Na minha vida
Tal menina
Transformou-se num samba do criolo doido
Me deixou deveras afoito
Dela me liberto
Sou esperto
Gente assim, ter por perto
É morrer sem água no deserto
Prefiro a solidão
E a solitude
Essa atitude
Me tirou do porão
quinta-feira, 9 de abril de 2020
Tranquilize-se
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Luiz
Não aguento
O tormento
Que desalento
Se pelo menos
Eu tomasse Eno
Tive ressaca moral
Mandei mensagem; mandei mal
Ele lá
Eu acolá
Vou guardar o resto
Desse amor manifesto
Distância preciso
Para me reconstruir
Vou buscar sorrir
Seguindo aquele aviso
Me amar por inteiro
Não sentar no formigueiro
Porque se pra ele eu ligar
A saúva vai me picar
Prazeres intermináveis
Não te entender
Me faz te ver
Sem compreender
E daí sofro
O meu desgosto
Me torno um morto
Levado pelo esgoto
Queria prazeres
Intermináveis
Ou incontáveis
De perder os ares
Menina bela
Tenho a quimera
De te ter
No próximo amanhecer
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Sei lá o que
Uma guerra por bem estar
A humanidade terá que chorar
Por misericórdia pode implorar
A chuva vem lavar
O modo de agir e pensar
Que até hoje era tido como normal
Desastre e sofrimento sem igual
Deve o bem intencionado
Não se fazer de rogado
E saber que os acontecimentos
São para todos, ensinamentos
Não há um que se salve
No interior de todos arde
Um sei lá o que
Que, infelizmente, não dá para entender
quinta-feira, 2 de abril de 2020
Promessa
De ter nos achado
Com a boca na botija
É muito grave, minha amiga
É melhor darmos razão
Para quem nos flagrou, então
Caso contrário, menina
Acabaremos com a nossa rima
Que pena guria
Caímos numa fria
E nem podemos nos defender
Eles jamais vão entender
Mas o que é certo é certo
Se fomos viver um deserto
Seremos só você e eu
E isso Deus nos prometeu
Doce
A tristeza que se desintegraria
Se eu tivesse sorte gostaria
De ver você na padaria
Junto de mim, comendo o que fosse
Um salgado, um refri ou mesmo um doce
Por que preciso conversar contigo, pessoa
Conversar com essa querida alma boa
O doce tinha muita açúcar
É bom, dá um despertar
Para esquecer o amargo
Do mundo ingrato
Quando eu estiver estranho
Peça para eu tomar um banho
Para que eu fique novinho pra você
E assim jamais vamos adoecer
Policiais
Vou poupar
Minha intenção
De ingratidão
Só quero o resultado
Do meu trabalho empenhado
É triste ficar preso
Isso para as costas é um peso
Quem está certo?
A medicina?
Ou a minha autoestima?
Com a medicina vou lutar esgrima
O erro médico é certo
Mãos humanas
Nada brandas
São policiais a paisana
Entreposto
Ter alguém para amar
E me bajular
Sem nem pestanejar
Se fosse você
Meu eterno bem querer
Que me faz enlouquecer
Noite e dia eu vou beber
Aquele vinho gostoso
Com um belo tira gosto
O terminal, o entreposto
Está a vista, um colosso
Quero vida mansa
Tudo isso me cansa
Vou voltar a ser criança
Para viver de esperança
sábado, 28 de março de 2020
Vampiro doidão
Vem do chão
O sangue derramado
Foi por ele sugado
Vem, vamos vampiro
Tu tá mais louco que o Biro-Biro
Do chão não né amado
O bagulho já tinha até coagulado
Vá se banhar
Respirar
Ter alguém pra amar
Vai te acalmar
De escuridão
E devassidão
Vive o vampiro doidão
Que bebe sangue do chão
Mesada
É o caminho errante
Que de antemão
Seguia o caminhão
Na placa dele escrito estava:
"Sonho em não fazer nada,
E ganhar, assim, qualquer parada."
E a placa vagava
Tentação
Jogo do milhão
Mega-Sena acumulada
Ganhar dinheiro sem fazer nada
Quando é que isso acaba?
Trabalhar noite e dia sem dar risada
Toda a molecada
Quer receber sua infinita mesada
sexta-feira, 27 de março de 2020
Brincadeira
Que irá esmaecer
Em algum amanhecer
Já sabe o que tem que fazer
Juventude errante
E doravante
Se a Bíblia na estante
Se abrir no livro errante
Saiba que é o fim
E o Serafin
Lhe dirá para onde seguir
Espere pelo que está por vir
Sôfrego, sem ar
É o que dá acreditar
Que se amar
É algo com que se possa brincar
quinta-feira, 26 de março de 2020
Tema
Havia uma prostituta nua
Que incitava os passantes
A serem seus amantes
Essa esquina carrega o ranço
Do diabo manso
Que quer seu amor eterno
Viver contigo no inferno
Jovens
Não me esnobem
Evite circular por tal região
Saiba onde está o seu coração
Viva sua vida reta e plena
Veja na manhã mais amena
Que se sua alma não for pequena
Conseguirá, do universo, mudar o tema
Bairral
Com o comercial comprometidos
Logística infame
Chá de camomila com aspartame
Mulheres feias andando
Filme de zumbi passando
Cantina cara por bosta
Vendendo o que ninguém gosta
Instituição falida
Com o passado comprometida
Muito tempo passará
E lugar assim não mais existirá
Aqui nada aprendi
Apenas desenvolvi
A poesia amada que faço
Sem nenhum embaraço
Luiz Clayton
Com a cabeça no ar
Do biperideno ele gostou
Com o haldol ele parou
Beijoqueiro ele é
Mas diz que não gosta de mulher
Só tem olhos para a Gabriela
Meu Deus, quem será ela?
Conversa linear é difícil
Não é para ele aprazível
Nós últimos dias está estranho
Mas não esquece de seu diário banho
Não consegue guardar um maço
Se pergunta: como é que eu faço?
Seu peido vale um megaton
Seu nome é Luiz Clayton!
segunda-feira, 23 de março de 2020
Onde estamos?
A Deus glorificamos
Mas nos enganamos
No inferno moramos
Agrotóxico com morango
Crianças de fome gritando
A saúde acabando
Dos seres humanos em bando
Nem os ricos
Estão imune ao vírus
E como é que eu me viro
Se ela solta um espirro
O céu é a ilusão
Do cidadão em questão
No inferno sofre tanto
Que mais nada é espanto
domingo, 22 de março de 2020
Vírus
Lamento
Quase não aguento
Tamanho tormento
O vírus
Fez jus
Do caminho trilhado
Pelo ser humano embotado
Que paga suas contas
Vive de responsas
Mas não vê que é tonta
Sua tecnologia de ponta
Agora é esperar
Não se infectar
No futuro acreditar
Que ainda existe alguém para amar
quinta-feira, 19 de março de 2020
Fim de tarde
Parece maldade
Meu cumpádi
Está longe minha outra metade
Sem ela fico meio que incompleto
Meio doente, meio quieto
Esperando o momento de encontrá-la
Para poder dar boas risadas
E também para amá-la
Meu coração fala
Que é ela
A minha Cinderela
Menina, saiba que estou aqui
Para fazer o seu existir
Mais belo, mais pleno
E deixar seu fim de tarde mais ameno
sábado, 22 de fevereiro de 2020
Agni
Como o farol de um caminhão
Eles estarão
Se confundindo com os meus, então
Agni, menina serelepe
É feliz quem escreve
E o lobo da estepe
Na neve derrete
A Polônia é aqui do lado
E contigo tenho estado
Felicitado
Em poder ter te encontrado
Psytrance somos nozes
E mesmo que você não goste
Gosto do seu jeito
Quero te conhecer direito