domingo, 13 de dezembro de 2020

vieste

a doce donzela
por mim espera
na mais alta miséria
que coisa mais séria

somos dois prisioneiros
dos homens faceiros
inúteis mineiros
de ouro estão cheios

a chave da libertação
é a nossa criação
a criança que não tem medo
está dentro do enredo

oh glória!
que estória!
essa de viver assim
sem saber porque vim

para eles

vi a passagem do tempo
que alento
fiquei atento
não tenho sustento

se eu pudesse
ver o que acontece
depois do turbilhão 
de informação

mas não
continuas a me irritar
seu pobre a beira mar
não consegue porque parar

vá se danar
e se encontrar
longe do meu lar
vá, vá se banhar

preferências

ela se foi ao longe
atravessou a ponte
deixou-me para traz
coisa que não se faz

fez, porque devia ser assim
tenho pena de mim
ingênuo fui ao esperar
não era a hora nem o lugar

estou a desacreditar do amor
ou alguém vai propor
que estou doído
com o coração partido

o que é o amor
porque ele traz a dor
prefiro sozinho viver
para não ter de quem esquecer

japa

comendo no japonês

de onde não sou freguês

a menina ao lado me fez

um belo elogio cortes


mas ela tem seu marido

que louco foi o cupido

jogou um leve estampido

para que ela me desse um sorriso


o destino me prega tal peça

que chato, as vezes me estressa

agora vou embora com pressa

olhando com uma certa inveja


menina ao lado te espero

em um outro lugar, e eu quero

que vejas quem sou, meu amor

melhor que o que ele tem a propor