vida

o muro
é duro
se o empurro
caio duro

portanto eu o pulo

e desnudo

em apuros

o futuro

que se mostra como algo

nostálgico

é o enlaço

mágico

da espiral

vital

é a vida 

enquanto tal

Perfeição de festa

No Woodstoock
Paga o que consome

Tome seu porre

O último gole

Tem MD

Pra mim e pra você

Só não deixa eu esquecer

O que eu tenho pra dizer

Festa na alturas

Ninguém te segura

É a mais pura

Energia de ternura

A abertura do coração

Nos damos as mãos

E dançamos Full On

No mais alto som

Kebab

Conversa acelerada

Não dá pra entender nada

Uma esfiha de entrada

Minha paciência quase acaba

Falo devagar

Não consigo pegar

Ninguém a escutar

O que tenho pra falar

Antes estivesse a beira mar

De mãos dadas com meu par

Algo ia melhorar

Reciprocidade iria chegar

Mas é o network necessário

Antes eu jogasse baralho

E gritasse: Truco, caralho!

Nessa ideia eu me amarro

feitiço

liberdade

sem alarde

deixa o covarde

fazer sua maldade

de nada tem haver

pelo outro sofrer

ou dizer 

para ele o que fazer

espero no amanhecer

espairecer

sem ter o que fazer

e com isso não sofrer

a ausência de compromisso

não é o enguiço

mas sim o sumiço

de todo o feitiço

egóico

no desapego

do ego

me entrego

e não nego

que exercício assim

é difícil sim

é quase sem fim

mas se estiver afim

não há nada melhor a ser feito

com todo o respeito

arranje um jeito

de ser perfeito

e seu sustento

virá com o tempo

Deus tem alento

a quem tem este intento

ignorância

não sei sobre o que escrever
e se amanhã ao amanhecer

eu ainda quiser entender

a razão desse meu viver

perguntarei ao meu coração

que sempre está de plantão

se esta referida razão

se mostra como a grande questão

a ser respondida

ou deve apenas ser vivida

irrefletida

simplesmente sentida

a vida

nos obriga

a deixarmos a briga

e a ignorarmos a intriga

desanuviar

que cara engraçado
parece o cão virado
chegando atrasado

num compromisso complicado

de complicações vivem os adultos

depois reclamam que veem vultos

no filme de terror

ou na realidade de horror

cada coisa, cada questão

o cara tem mó cabeção

e faz um beição 

demonstrando concentração

e eu aqui a brincar

com as palavras vou desanuviar

meu profundo mau estar

assim alegre vou ficar

escrita

escrevo

pois do contrário apodreço

desaconteço
preciso de um novo começo

a escrita

despida

a rima

vem de cima

o bicho papão

diz um sonoro não

mas continuo a escrever

é isso que me faz crescer

se uso neologismos

é porque já atingimos

maturidade suficiente

e sabemos que quem lê entende

coração

mesmo que o obstáculo
ou um oráculo

disser que não

de antemão

saiba que a razão

é para aqueles que estão

com a oração

de plantão

seja seu guardião

e então

de gratidão

abra seu coração

fluxo

o espaço existente
que o todo compreende
é em si coerente

o tempo que corre

evita o porre

mas não o gole

toda a conformidade

me tira a ansiedade

de se esforçar para a verdade

ela chega naturalmente

e quem a isso entende

segue o fluxo contente

atenção

com a caneta escrevo

depois esqueço

o escrito tem seu peso

se lembro de ti

é uma forma de exprimir

que ainda não desisti

sofrer é opção

mas o coração

ao correto dá atenção

meu par

o sonho que tive

exprime o declive

que no meu interior existe

se eu partisse

mas tive

que ficar

e esperar

o meu par

acordar

amor sem par

a luz do dia
acalma a agonia
traz um pouco de alegria

para aquele que ia

durante a noite inteira
de brincadeira 

fazer a faceira

esquecer da bobeira

que é viver

sem ter

alguém para amar

mesmo que seja sem par

aonde

o cigarro
já deixei

o pigarro

hei de deixar

hoje dei

a relaxar

sem titubear

pensei

aonde quero chegar?

a dança

quando vai chegar
estou a esperar

já tive o despertar

e voltei a cagar

a merda espalhada

faz com que a caminhada

seja atrapalhada

que eu pegue

e esfregue

na cara

a esperança

na dança

que avança

e nunca cansa

a pomba

devagar

devagarinho

o passarinho

se põe a voar

é o despertar

do bioma

e a pomba

conta

que para ser respeitada

se fez de rogada

encabulada

sua fala

não desagrada

mas empata

a graça

e fez pirraça

estalados

me mantenho vivo
segue o espirito
descomprimido
estou contigo

o sol no horizonte
te mostra a fonte
de traz do monte
surge a ponte

que te leva pra lá
aqui não vou ficar
vou pra rua brisar
no eterno despertar

se comigo quiser ficar
terá alguém para amar
que não mede esforços
por beijos gostosos

fundo do mar

leve como uma pluma
e chupando uma uva
estou na praia a olhar
a imensidão do mar

caso eu aqui por muito tempo fique
verei o declive
que a onda fará na areia
e no oceano tem sereia

tudo o que quero é isso
ficar na praia sem enguiço
não sou da turma do deixa disso
prefiro da sereia, o feitiço

bela como é
não consegue ficar de pé
antes no fundo do mar
espera alguém para amar

Na brisa do mar

Não há porque sofrer

Insisto em dizer

Irá viver

Tudo que merecer

Uma nova jornada

Rumo ao nada

ou ao tudo

Não me iludo

Jogo o jogo

Estou aberto ao novo

Sim, meu povo

Estou alegre de novo

E se a tristeza voltar

Digo para um outro ela amolar

E me deixar ficar

A relaxar na brisa do mar

as duas

vocês ai atrás

tomam uma cerveja em paz

mas nem imaginam

o que o futuro nos traz

é só chegar

e conversar

patati, patatá

estou pronto a te beijar

mas não sei

qual das duas

só sei que hei

de deixar alguma nua

estou esperando

não espero espanto

somente encanto

espero aqui no meu banco